Quando ela bateu à porta, ele respondeu "Tem gente". Mesmo assim, entrou. Olhou-o nos olhos, agarrou-o pelos colarinhos e despiu-lhe a carne humana, transformando-o num animal selvagem, bruto, musculado, carnívoro. Depois, domou-o, tornou-o frágil, doce, submisso. Não satisfeita, colocou-lhe uma trela... curta. E ele ficou preso a ela, babando de língua de fora, esvanecendo-se aos poucos até perder as garras e as mandíbulas.
Até deixar de ser animal.
Até deixar de ser gente, sem gente que lhe bata à porta.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
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