quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Basta olhar

"Falamos muito hoje em dia sobre o desperdício de recursos naturais preciosos, como o petróleo e a água. Mas falamos pouco sobre o desperdício do recurso mais precioso, que é o ser humano"
Alain de Botton

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O conflito é astrológico

Ultimamete está cada vez mais difícil administrar os conflitos aqui dentro. Um lado diz vai, um diz fica. Um lado é responsável, quer tudo certinho; o outro quer ir pra Austrália morar na van. Anda difícil, mas ainda assim divertido.
Agora entendi que a causa de tudo isso não sou eu. São os astros.
Olha a confusão que estou metida:

- Signo Capricórnio: TERRA. Testemunha do passado e construtor do presente. O Capricórnio simboliza a disciplina a serviço do projeto que sirva o bem coletivo, devotado às relações humanas. Signo de obrigações, deveres, costuma esconder o lado sensual e arcaico. Capricórnio resiste às frustrações, se submete às condições inóspitas para realizar um plano ambicioso de longo prazo e deseja ter o reconhecimento social de seus méritos. Seu jeito leal e determinado, seu temperamento confiável, sério e responsável, mostra segurança no que faz. Observador, Capricórnio despreza a bajulação e o servilismo e não cede ao seu orgulho ferido. Signo dos que governam, dos que projetam a administração pública, donos de um sangue-frio próprio dos estrategistas políticos, o Capricórnio está sempre no alto de uma montanha altíssima, de onde olha o mundo e sua feira de vaidades, que no fundo despreza. Em qualquer campo, Capricórnio tende a se destacar por seu nível de excelência em sua área, mesmo pagando o preço da diminuição do lazer.

- Ascendente em Aquário: AR. Antena do futuro que irradia a mudança. Seu raciocínio agudo e penetrante faz com que se torne presença indispensável onde a vida precisa acontecer com ousadia. Aquário capta tudo com extrema rapidez, antevendo o que ainda não foi criado. Impessoal, preserva sua liberdade a todo custo, fugindo de compromissos estreitos demais ou que ele sinta invadir sua privacidade. Aberto às inovações, nem sempre Aquário é fácil de mudar de ponto-de-vista. Errático, imprevisível. Informal, trata todo mundo da mesma maneira e assim pretende ser tratado.

- Saturno da Casa 7 (que não sei o que é, mas sei que é terrível)

- Horóscopo Chinês, Dragão: insatisfação permanente com tudo e com todos, natureza violenta e temperamental, capaz de atos impensados e temerários. Quem é de Dragão tem uma constante comichão na sola dos pés e não consegue ficar parado ou conviver com a rotina. O passado não exerce nenhum fascínio sobre eles, pois estão constantemente com os olhos presos no futuro. A inquietação de descobrir o que há mais além, amparada numa coragem e num temperamento aventureiro e forte, fazem deles desbravadores e pioneiros, jamais se intimidando com obstáculos ou empecilhos. Para o Dragão não existe a palavra impossível. Anima-o a esperança do objetivo vencido e a crença inabalável em sua própria capacidade, o que o torna um vencedor em todos os setores da vida.

Surpresas

As grandes alegrias vem daquilo que não esperamos. Na realidade, daquilo que nem sequer imaginamos.
A expectativa é uma grande "frustradora" da vida. Ela aparece e faz tudo parecer menor e sem graça.
Já quando a gente é pega assim de surpresa, dançando um tango sem nunca ter esperado por isso na vida, é mágico.
Carolina Campos

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quiéreme Mucho

"Cuando se quiere de veras

Como te quiero yo a ti

Es imposible mi cielo

Tan separados vivir"

http://www.youtube.com/watch?v=e6V6icdrBeA&feature=related

Inspiração Cubana

"Musica sale del alma
y no tiene prejuisios
aunque manãna la lleven
frente a un paredon"

René Ferrer

48h em combinações improváveis

Cheiro da pinga
Tango no mar
Maracujá com limão
Violão sem escada
Fim sem despedida

Carolina Campos

Encontrei

Parti em busca das estrelas.
As minhas.
Encontrei.
E a elas se juntaram muitas outras,
de lugares nunca antes imaginados:
Cuba, Rússia, França, Antuérpia, Itália
Todas elas juntas, e eu me senti numa constelação
Brilhando. De novo.

Carolina Campos

domingo, 27 de setembro de 2009

Receita

Pegue um pedacinho de sonho, cubra com desejo, coloque um pouco de pimenta e deixe descansar por algumas horas. Depois, misture com uma pitada de carinho, acrescente duas ou mais taças de vinho e reserve com saudade. Junte tudo na lembrança, cubra com sorriso, acenda um cigarro e sirva com pequenos olhares para o teto.

Suppion

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Fugir pra ver o céu

Daqui a pouco saindo de São Paulo. E a felicidade que isso me traz é imensa.
Segundo meu pai, aqui é uma cidade sem horizonte.
Pra mim, é uma cidade sem céu.
É estranho, quando penso em céu, é um céu que não é daqui - é lá de Goiás ou de Ilhabela. Eu não tenho o "meu céu assim, de sempre".
Mas agora tô indo ver o céu - e achar minhas estrelas.


Estrela (Gilberto Gil)

Há de surgir uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir
Há de apagar uma estrela no céu cada vez que ocê chorar

O contrário também bem que pode acontecer. De uma estrela brilhar quando a lágrima cair. Ou então de uma estrela cadente se jogar, só pra ver a flor do seu sorriso se abrir.

Carolina Campos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Espelho

Não adianta disfarçar, você não vai me enganar.
Eu cheguei até aqui e descobri o seu segredo.
Tua força pede um braço para amparar teu medo.

Atrás da sua porta abre sempre um abraço,
só não abre teu enredo.
Que foi feito com amor, dor e desapego.
Em cada oi segue um adeus.
Em cada prece, ai meu deus.

Não adianta disfarçar. É doce o seu olhar.
Não adianta eu falar, só você pode enxergar.
Quero ser então um espelho.
Um simples espelho no quarto e no canto.
Que por um breve momento revela todo o seu encanto.

Suppion

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Incêndio

Ele não era narcisista. Quer dizer, também era, mas o que mais amava nele próprio não era o corpo, era tudo. Nutria uma forte admiração pela sua personalidade, gostava da forma como encarava a vida e a sua auto-estima era mais alta do que três vezes o Everest. Apaixonou-se por si próprio aos 12 anos, enquanto se masturbava pela primeira vez no lavatório da casa da sua tia. No momento do orgasmo, olhou-se no espelho e viu a sua face brilhando sob uma névoa de estrelinhas e purpurina. Sorriu bobo, com um olhar derretido e desde então que vivia feliz consigo, 24 horas por dia, numa relação que durava há já 7 anos.
Um dia, durante uma festa da faculdade e levado pela bebida, beijou uma colega de turma. Três dias depois convidou-a para jantar e passadas duas semanas começaram a andar juntos. Só beijinhos e nada de sexo, até ao dia em que arrastaram seus corpos famintos para o quarto de um motel. Lá, despiram-se e entregaram-se a um amor adolescente, robótico e duro, em movimentos que lembravam aqueles cavalinhos de pôr moedas, delírio de crianças à saída de shoppings. Estavam nisso há cinco minutos quando o olhar dele fixou o espelho. A rapariga estava de quatro, com o rosto tapado pelos cabelos suados e ele devorava-a com um tesão de lobisomem. A sua face gelou. Ele... ele estava com outra. O homem que ele tanto amava, o homem a quem tinha dedicado 7 anos de entrega incondicional estava a trair-lo. Ali, à sua frente, sem o mínimo de respeito, ou peso de consciência.
Cego por um maremoto de ciúmes podres com epicentro nas entranhas, enraivecido por uma revolta putrefacta, agarrou-a pelos cabelos e num movimento carnívoro e psicopata partiu-lhe o pescoço, extraindo dela um último gemido, que foi ainda de prazer.
Desvairado, com a saliva a efervescer na sua boca, largou aquela marionete humana inerte e aproximou-se do espelho. Seus olhos de suor e lágrimas, entreolharam-se. Parou por um instante, ofegante pelo sexo e pela fúria, agarrou no extintor do quarto e numa pancada forte, seca e mortífera, extinguiu as labaredas de ódio que alastravam pelas suas veias e crânio.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Não passa

Porque todas as pessoas quando passam, vão
mas você, quando passa, fica.

Carolina Campos

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Olhos

Os teus olhos te entregam, do passado ao futuro.
Quando miro lá no fundo, faço um furo no teu mundo.
Vejo tudo claro, mesmo sendo tudo escuro.
A menina dos seus olhos são seus olhos de menina.
Que não sei bem porquê, não consegue ver,
a beleza que desses olhos ilumina.

Suppion

Vai falar que não é lindo?

Sou fã do seu jeito
Sou fã da sua roupa (!!)
Sou fã desse sorriso
estampado em sua boca

Sou fão dos seus olhos
Sou fã sem medida
Sou fã número 1
e com você sou fã da vida

da dupla sertaneja Christian & Cristiano
(eu estou virando um perigo com essa Tupi FM)

Não adianta fugir...

o que tem que ser não será.
O que tem que ser, é.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Estampada

Sempre gostei de ser uma pessoa clara. Transparente.
Ultimamente tem me cansado um pouco.
Chego para trabalhar. Digo o "bom dia" com o sorriso de sempre. Sento. Ainda estou digitando a senha quando a pessoa do meu lado diz "quer tomar um café?". Vou. Pego o café. E antes de qualquer frase vem a seguinte pergunta: "O que houve? Tá tudo bem?".
Minha cara sempre me entrega.
Não há o que fazer contra isso.

Carolina Campos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A gente nunca sabe onde vai acabar

Quinta-feira. Primeiro cigarro do dia. Umas 11:30h da manhã.
Saio. Agora só na calçada. O que no fim tem sido um experiência interessante - muitas conversas novas.
O segurança está na porta. Como não consigo ficar quieta, paro do lado dele pra conversar.
As conversas já foram muitas, mas a de hoje foi especial.
Começou do jeito de sempre. A frente fria. Amanhã já é sexta-feira - a semana passou rápido, né?
Entramos num conversa de trabalho - o dele, no caso. É segurança. Trabalha num esquema de folgas diferente (pra mim, mas completamente normal pra ele). Trabalha 6 dias direto, tem 2 de folga. Com isso, tem semana que a folga cai na segunda e na terça, depois na terça e na quarta...e aí vai, até cair no final de semana. Segundo ele é ótimo - pois dá pra resolver muito problema.
Ser segurança deve ser difícil. Ele diz que lá isso é, mas que todo trabalho é difícil.
Ele já trabalhou a noite. Mas não gosta - "a gente é feito pra dormir de noite". Já trabalhou em balada - foi divertido, mas tinha muito bêbado que chogava champagne nele, arremessava latinhas, e ele via coisas que não pode me contar (por que eu sou uma moça de família). O mais difícil de trabalhar em balada: os bêbados, presumo. Não, as mulheres. Elas tentam beijar a força (mas a força com segurança de 2,10m não costuma funcionar).
Já trabalhou em escolta armada. Não tinha certeza se eu sabia exatamente o que era. Mas é isso: entrar naqueles Uninhos e sair a 5km/h atrás de um caminhão - de SP para Porto Alegre, de SP pro Rio de Janeiro. Foi ótimo para conhecer o Brasil.
Aí ele se aproxima. Aproxima bastante. Não entendi o que estava acontecendo. Depois de chegar bem pertinho, ele fala:
- Sabe qual foi a coisa mais estranha que eu já fiz? Escolta eleitoral.
ESCOLTA ELEITORAL??????????
Sim, um prefeito de uma cidade do interior da Bahia mandou encher 6 ônibus aqui em SP. Foram todos com escolta - mais de 12 horas de viagem. Foram pra lá de Vitória da Conquista.
Chegaram, votaram e voltaram.
Eu indignada, sem acreditar que isso acontecia ainda. As veias do pescoço já saltando.
Aí ele termina a história:
- E sabe o que foi o melhor? Ninguém votou nele. Todo mundo votou no outro candito. Pensam que o povo é bobo...
Pois é. Aos poucos as coisas vão mudando, mesmo que persistam.

Dentro de dentro.

Um vinho, um copo.
Um copo, uma mão.
Uma mão, outra mão.
Outra mão, uma sensação.
Uma sensação, uma emoção.
Uma emoção, um pensamento.
Um pensamento, uma idéia.
Uma idéia, um sonho.
Um sonho, uma paixão.
Uma paixão, um amor.
Um amor, dois corações.

Suppion

Sou

Sou um, sou dois, me vejo em muitos.
Sou amigo, sou inimigo, estou em guerra.
Sou positivo, sou negativo, fico neutro.
Sou crente, sou descrente, sinto a vida.
Sou racional, sou irracional, agarro a liberdade.
Sou amor, sou ódio, me vejo dividido.
Sou dia, sou noite, me encontro.
Sou cheio, sou vazio, fico no meio.
Sou nada, sou tudo, fecho os olhos pra sonhar.

Suppion

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mãe sabe

- Mãe, como é? O que precisa para ficar 40 anos com uma pessoa ao seu lado e ser tão feliz?
- Só precisa de uma única coisa: ADMIRAÇÃO.

Não sei se é para todo mundo. Mas sei que é genético.

Carolina Campos

Dormir x Cochilar

Essa só vai entender aqueles que gostam de dormir. Não estou falando de quem dorme bem, ou dorme muito, estou falando de quem gosta de dormir.

Tem gente que gosta tanto, que é capaz de soltar essa pérola que ouvi outro dia. “Gosto tanto de dormir, que tiro um cochilo antes e um depois de dormir”.

Eu era da espécie que não gostava de dormir. Mas sempre dormi como uma pedra. Meu despertador era o mais potente da casa – um urso maldito que tocava uma marchinha altíssima. Ainda assim, achava dormir a maior perda de tempo.

Só passei a gostar depois que eu perdi o sono. Sabe aquela história de que você só percebe que ama alguém quando perde? Acho isso a maior asneira que eu já ouvi. Continuo achando. Mas no caso do sono, funcionou pra mim. Depois que eu perdi o sono, passei a amá-lo.

Enfim, estou mudando o rumo da conversa. O que queria dizer não era nada disso, nem precisava deste preâmbulo todo. Voltando lá pra cima, pro “amo tanto dormir que tiro um cochilo antes e um depois de dormir”. Isso rendeu conversas, rendeu risadas.

Até que ele vira e fala, amor é dormir. Paixão é cochilar.

Amor é dormir? Paixão é cochilar?

Dormir, como o amor, é algo que você sabe que tem, que sabe que vai ter. Algo que você se programa, põe o pijama, escova os dentes. Tem rotina. É tranqüilo.

O cochilo é algo que você nunca sabe quando vem – exatamente como a paixão. Você não controla. Um cochilo pode ser no meio da tarde, pode ser sentado vendo um filme, pode ser até no meio de uma reunião. Geralmente você não está esperando. E vc nunca sabe quanto tempo vai durar – mas uma coisa é certa, dura pouco – senão dá um grande mau humor. Você também não tem idéia de onde vai acontecer. Pode ser no sofá, todo torto, com o pescoço caído pra trás. É desconfortável. Adormece o braço. A perna.


Moral da história: eu tenho cochilado muito pouco ultimamente, e gosto de dormir cada vez mais.

Carolina Campos

Ficou

Cada um sai de lá levando alguma coisa.
Pra mim, o que ficou foi simples assim:
"Existem certezas que são anteriores à razão".

Carolina Campos

terça-feira, 15 de setembro de 2009


Fisiologias

- felicidade engorda

- tristeza emagrece - e muito!! Uns 5kg por semana.

- quanto mais apaixonada, menos horas o corpo precisa pra dormir - mas por outro lado, saudade dá um sono danado

- depressão faz as unhas pararem de crescer

- amar faz o cabelo ter menos frizz

- sorrir muito dá fome (ixe! É por isso que felicidade engorda?)

- o stress chega primeiro no estômago que em qualquer outra parte (é a gastrite que costuma avisar o cérebro: "se liga, cara")

- animação ou empolgação ou excitação aumenta a bexiga

- medo diminui o pulmão

Carolina Campos

Segredo

Segredo é brincar de esconde-esconde com você mesmo.
Não tem graça, você pensa que esconde,
mas depois você acha.

Suppion

Disfarce

Não tem encanto no disfarce.
Seja sincera, não comigo, que já conheço essa face.
Abra essa porta, chega de despedida.
Eu não ando mais nessa ferida.
Se alguns chamam de morte, eu chamo de vida.

Suppion

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

O rio.

Tem um rio lá em casa, que passa sempre devagar.
Outro dia fiquei pensando.
Esse rio leva a algum lugar?
Não sei se a água sobe, se a água desce.
O que sei é que ele aparece.
De noite, um sussurro anuncia, muita água nessa via.
De dia, um suspiro que aspira, toda água que se via.
Não tem peixe, não tem beira, não tem pedra, não tem nada.
É só um rio cristalino que brota sem destino.
Faz a curva que quiser, molha tudo que puder.
Sua calma se transforma na tormenta que deforma.
Sua nascente é na alma e seu mar a solidão.

Suppion

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Algo que ela sempre quis

Ele tinha algo que ela sempre quis.
Deve ser por isso que eles se encontraram. Ou melhor, se viram. Porque encontrar ela encontrava um monte de gente, só que não via ninguém.
E ele tinha algo que ela sempre quis.
No entanto não era só isso. Tinha graça, tinha uns olhos que saiam faíscas, tinha um jeito diferente de sorrir.
Mas acima de tudo, tinha algo que ela sempre quis.
Por ironia do destino, ele apareceu e sem querer, talvez até mesmo sem saber, acabou dando isso para ela. Deu para ela aquilo que ela sempre quis. Deu e foi embora.
A questão é que agora ela está lá. Tem aquilo que ela sempre quis. Mas não sabe o que fazer com isso. É bom, mas não é dela.
Ela precisa devolver. Devolver para ele. Devolver aquilo que ela sempre quis.
Cai melhor nele no que nela. Ela sabe disso.
Só que ele está procurando isso em outro lugar. Não sabe que ela ficou com aquilo que ele sempre teve e sempre quis mas não tem mais. Acha que perdeu isso pra sempre.
Mas ele não perdeu nada. Porque ela guardou.
Está lá. Está guardado com ela. E ela está cuidando bem.
Porque sabe que um dia vai devolver isso pra ele. Vai devolver para ele o que ela sempre quis, o que ele sempre teve.
Aí os dois serão felizes. Porque serão completos.
Carolina Campos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Das coisas que mudam... mas a gente nnao gosta.

Lembrei agora de um cobertorzinho que eu não largava quando era pequena. Daqueles que as crianças arrastam pela casa, como um grande companheiro.
O bichinho era sujo de dar dó, porque eu não deixava lavar. Ele não podia mudar seu estado seguro. Tinha de ficar ali comigo. Daquele jeito mesmo.
Mas um dia, minha mãe, muito asseada que é, resolveu lavar o nojinho, escondido de mim.
Ele voltou da máquina tão lindo e tão limpo, que parecia novo de novo.
Só que não era mais o meu cheirinho.
Ficou lá... branco e dobrado em cima do bau.

Domingo

Tudo estava cinza, junto da casa vazia, da cama vazia, da alma vazia.
O barulho da tv era mudo, como o cachorro, o telefone e a rua lá fora.
Até no caderno só se via o branco das páginas.
De vivo mesmo, um único coração cismado em bater acelerado.
Era só mais um domingo chuvoso.
AC

E se...

E se eu te desse aquilo tudo?
Se fizesse seu sonho a maior das realidades?
Sim: eu seria você, não nós.
AC

Meu primeiro amor

Foi por volta dos 3 anos de idade. Me apaixonei perdidamente por você.
Como todo amor, esse também só podia ser cego. Sem explicação. Sem motivo. Até sem nexo. Você não tinha nada a ver comigo. Minha família não aprovava muito esse relacionamento. Também não se opôs – pois eles são assim: se eu tô feliz, eles também estão. Mas eles não entendiam daonde vinha tanta admiração, tanto sentimento.
Durante mais de 10 anos meu amor por você foi platônico. Só te via de longe. Só te via pela TV. Esperava o ano inteiro só para te ver passar. Invariavelmente chorava todas as vezes que te via. Meu coração disparava, meus olhos brilhavam. Torcia por você desesperadamente.
Quando tinha 15 anos, levada pelas mãos do meu pai, fui te conhecer pessoalmente. Foi ele que me entregou para você. Esse foi um dos dias mais especiais da minha vida. Chorei rios de lágrimas - de alegria de estar junto de verdade de você.
Já se vão quase 30 anos de amor incondicional. Amor como eu acredito que amor é. Amor eterno.
Pensar em você me faz bem. Estar com você me traz uma felicidade sem tamanho.
Ao seu lado, sou sempre assim:


terça-feira, 8 de setembro de 2009

O lençol branco

Não duvides de minhas palavras, pois elas são as únicas coisas que podem te tocar. Por isso escrevo-te, pensando que possuo o que não me pertence. Em cada sílaba um beijo imaginário, que depois de tanto beijar parecem corpos nus sobre o lençol branco. E quando os corpos se entrelaçam não adianta fugir, a entrega está feita, o amor revelado. Mas não me importo, pois entre quatro linhas vale tudo.

Suppion

Chance or Choice?


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Alguém já olhou pra Lua hoje?

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua,
merecia visita não de militares, mas de bailarinos
e de você e eu.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Exatidão

A ciência humana é exata, o que não é exato é o objeto de estudo.
Suppion

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Exatidão


Por que as ciências humanas também não podem ser exatas?

Carolina Campos