domingo, 13 de setembro de 2009

O rio.

Tem um rio lá em casa, que passa sempre devagar.
Outro dia fiquei pensando.
Esse rio leva a algum lugar?
Não sei se a água sobe, se a água desce.
O que sei é que ele aparece.
De noite, um sussurro anuncia, muita água nessa via.
De dia, um suspiro que aspira, toda água que se via.
Não tem peixe, não tem beira, não tem pedra, não tem nada.
É só um rio cristalino que brota sem destino.
Faz a curva que quiser, molha tudo que puder.
Sua calma se transforma na tormenta que deforma.
Sua nascente é na alma e seu mar a solidão.

Suppion

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